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O ATIVISMO NA IGREJA

As últimas décadas do século XX foram marcadas por profundas transformações na ordem socioeconômica e cultural. Nesse período, o mundo, devido ao avanço tecnológico, globalizou-se. Descortinou-se assim a pós-modernidade. Tempos de extrema concorrência mercantil, em que cada vez mais se exigem profissionais atualizados, empresas que atendam e satisfaçam as expectativas de seus clientes, pois a agilidade, a qualidade e a rapidez são preponderantes para se destacar num mercado tão concorrente.

Ao mesmo tempo, esta época é marcada pela multiplicidade dos meios de comunicação, pois não somente o rádio, a TV e o telefone fixo são os recursos utilizados, mas a TV a cabo e a digital, a telefonia celular, a internet e a vídeo conferência, facilitam a interação. Com isso, o comportamento da sociedade foi alterado; tudo acontece muito mais rápido e se exige rapidez e praticidade nas coisas. Até mesmo o lazer sofreu mudanças, bem como os relacionamentos sociais, pois novas amizades e até casamentos têm sua origem em contatos via ciberespaços como o MSN e o Orkut.

Também, o mundo pós-moderno trouxe consigo algumas doenças da alma, que, embora já existissem, são endêmicas. O stress, a síndrome do pânico, a depressão, a insônia, o desejo suicida têm índices alarmantes.

» OS CUIDADOS DA VIDA CONDUZEM AO ATIVISMO

Com toda essa realidade vivenciada pelo homem pós-moderno, o cristão, se não tiver um discernimento claro em sua vida, pode acabar sufocado por essas vicissitudes, pelos males deste mundo maligno - o mundo jaz no maligno. Sem perceber, o crente pode ficar enredado numa malha de atividades quer na igreja, quer na vida secular que o fazem perder o foco daquilo que é importante em sua vida, propiciando que a semente da Palavra seja sufocada em sua vida.
O Senhor Jesus, quando elucidava a Parábola do Semeador aos seus discípulos disse que "... o que foi semeado entre espinhos é o que ouve a palavra, mas os cuidados deste mundo, e a sedução das riquezas sufocam a palavra, e fica infrutífera" (Mt. 13:22). Diante disso, o cristão deve ter percepção clara do que importante, a fim de que a vida de Deus e a fé não desvaneçam em seu ser.
Quando o cristão perde o foco, corre o risco de cair no ativismo. O ativista é aquele que privilegia a ação. Assim, dentro ou fora do meio cristão, ele só se sente realizado quando está fazendo alguma coisa.

» O ATIVISMO COMPROMETE O NÍVEL DE FÉ DO CRISTÃO

Portanto, o cristão, na pós-modernidade, corre o risco de estar tão envolvido com tantos cuidados que, aquilo que deveria ser o principal - ouvir a Deus quer pela palavra quer pela oração – fica em segundo plano. Isso trás consigo conseqüências; pois o nível de fé é prejudicado.
O ativismo consegue sufocar a semente da fé de tal forma que ela não produz a vida de Deus. O cristão crê em um Deus sobrenatural, mas não consegue visualizar o sobrenatural do Altíssimo em sua vida. O ativismo conduz a um crer sem crer, pois se aceita a Palavra de Deus no intelecto, faz dela uma profissão de fé, porém não crendo de todo o coração. Eis o motivo de nosso Mestre e Senhor certa feita perguntar: "... Quando porém vier o Filho do homem, porventura achará fé na terra?" (Lc 18:8).

» MARTA, A ATIVISTA X MARIA, A FÉ ATIVA DE UMA ADORADORA

Um exemplo muito claro, registrado nas Escrituras, são os textos que mencionam duas irmãs: Marta e Maria. Vê-se claramente a distinção do nível de fé e sensibilidade espiritual entre essas duas irmãs através das passagens bíblicas.
Em Lucas 10:39-42 diz-se que Maria assentou-se aos pés de Jesus para ouvir a sua palavra, enquanto Marta andava distraída em muitos serviços. Esta interrompeu Jesus para reclamar de sua irmã que não a estava ajudando. O Senhor respondeu-lhe: "Marta, Marta, estás ansiosa e afadigada com muitas coisas, mas uma só é necessária; e Maria escolheu a boa parte, a qual não lhe será tirada".
Maria representa a alma faminta, que dá, primordialmente, atenção às necessidades da alma e do espírito. Ela recebe a semente que produzirá no futuro frutos da fé. Lembre-se que "... a fé vem pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus" (Rm 10:17).
Alguém já disse que é possível cultivar uma abóbora em poucos meses, mas são necessários cem anos para que se desenvolva um carvalho. No entanto uma tempestade derruba uma aboboreira em poucos minutos, ao passo que o carvalho resiste às intempéries. Assim, é a Palavra semeada no coração, quando se pára tudo para ouvi-la.
Por sua vez, Marta é boa representante de nossa geração cheia de trabalho e atividade, mas com reduzido tempo dedicado à meditação, à oração e ao estudo da Palavra. O interessante é que o ativista não percebe que o excesso de trabalhos o distrai e o tira de estar aos pés do Senhor e de ouvi-lo; e o texto de Lucas sinaliza muito bem isso.

» O ATIVISMO IMPEDE QUE SE ANTEVEJA O MOVER DE DEUS EM MEIO ÀS CRISES

Guarde isso em seu coração: Quando não se ouve a Deus em tempos de paz e bonança, por causa do ativismo, mesmo que Ele fale claro e direto ao coração em tempos de crise, não se consegue compreender o que Ele está dizendo, nem crer que o sobrenatural acontecerá de fato. Em tempos de paz e quietude todos se igualam, porém em tempos de crise é que se percebe claramente a diferença entre o ativista e o adorador.
Novamente, vê-se nas vidas de Marta e Maria a percepção dessa afirmativa, quando se analisa o episódio da morte e ressurreição de Lázaro, irmão delas (João 11.1-44). Lázaro jazia quatro dias morto e sepultado quando Jesus chega a Betânia. Chama a atenção que as duas irmãs ao encontrarem Jesus, em momentos distintos, utilizam-se da mesma fala – "Senhor, se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido." (Jo. 11:21 e 32). No entanto, a forma como ambas o fizeram é diferente. Nas entrelinhas do texto se percebe que, enquanto Marta o faz em tom de reclamação, muito embora, logo a seguir, faça uma profissão de fé a fim de minorar sua queixa (v. 22), Maria prostra-se diante do Senhor e o adora; isso mexe com o coração de Jesus (v. 33).
Além disso, o texto nos revela que Marta foi a irmã que ouviu as palavras mais poderosas da boca do Mestre, nesse momento, como: "Teu irmão há de ressuscitar" (v. 23); "Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá" (v.25). E, em cada declaração de Jesus ela faz confissões teologicamente corretas, como quem crê de coração. À Maria, Jesus não deu palavra, apenas perguntou: "Onde o pusestes?" (v. 34). Esta só o conduziu ao sepulcro. Contudo, na hora que o Senhor ordena que se tire a pedra da entrada da sepultura, quem objeta à sua retirada é Marta, muito embora tenha ouvido da Sua boca que seu irmão ressuscitaria. O ativista acaba conceituando a fé; a Palavra não se transforma em fé viva já que é sufocada pelos cuidados da vida. Jesus tem que lhe sacudir com a seguinte palavra: "Não te hei dito que, se creres, verás a glória de Deus?" (v. 40).
Em contrapartida, em Maria se vê o coração de uma adoradora, que fora moldado, paulatinamente, pela Palavra, a cada momento em que ela priorizava o que é realmente importante na vida do cristão. Portanto, deve-se perceber que existem, até mesmo na Igreja do Senhor, aquilo que é importante e aquilo que é urgente. Nem tudo que é urgente é na verdade importante, porém aquilo que é importante deve ser feito com extrema urgência. A comunhão e a adoração a Deus é mais importante do que qualquer outra atividade eclesial.

» O ATIVISMO CONDUZ AO CICLO VICIOSO DA ATIVIDADE PELA ATIVIDADE

Se, como cristão, não se levar tal verdade em conta, corre-se o risco de se fazer a obra de Deus, sem ter o Senhor da obra a conduzir os passos daqueles que nela labutam. Passa-se ao ciclo vicioso do ativismo que impede a percepção dos verdadeiros projetos de Deus. Isso, igualmente, se percebe ao se verificar o texto de João 12:1-7. Novamente, Jesus está em Betânia, e mais uma vez Marta está cuidando dos afazeres da casa. Mesmo em face ao milagre, esse não a desperta para assentar-se e aprender do Sábio, do Senhor. Marta retorna ao ciclo da atividade sem valorizar a presença do Senhor em sua família.
Maria, por sua vez, tem a alma envolvida pelo sobrenatural de tal forma que parece pressentir o que há por vir. "Certamente o Senhor DEUS não fará coisa alguma, sem ter revelado o seu segredo aos seus servos, os profetas" (Amós 3:7). Maria "tomando um arrátel de ungüento de nardo puro, de muito preço, ungiu os pés de Jesus, e enxugou-lhe os pés com os seus cabelos; e encheu-se a casa do cheiro do ungüento." (v. 3). Jesus ao se referir ao seu ato disse: "Deixai-a; para o dia da minha sepultura guardou isto" (v.7). Ou seja, Maria teve um discernimento claro de que o Mestre morreria não muito depois daqueles dias.

O cristão, centrado em Deus e em sua Palavra, não permite que os cuidados desta vida sufoquem a Palavra em seu coração a ponto de impedir o exercício da fé e da verdadeira comunhão com Deus. Não perde a percepção espiritual; essa é aprimorada a cada novo dia em que ele se prostra diante do seu Deus para ouvi-lo. Portanto, analise o seu coração e pergunte-se: sou um ativista ou um verdadeiro adorador? Estou no ciclo do ativismo ou no mover do sobrenatural para o qual o Senhor tem chamado a todos que o adoram em espírito e em verdade?

Pr. José Jerônimo Dantas Neto

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