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Evangélicos do mundo todo lembram hoje o início da Reforma Protestante


Evangélicos do mundo todo lembram hoje o início da Reforma Protestante                                             Por Jarbas Aragão
Em 31 de outubro é comemorado por evangélicos de todo o mundo o dia da Reforma Protestante. Em 1517, um dia antes da festa católica de “Todos os Santos”, o monge agostiniano Martinho Lutero pregou publicamente suas 95 teses, na porta da Catedral de Wittenberg (Alemanha). Seu apelo era por uma mudança nas práticas da Igreja Católica, por isso o nome “Reforma”.

A iniciativa teve consequências por toda a Europa, dividiu reinos, gerou protestos e mortes. E mudou para sempre a Igreja. Para alguns, Lutero destruiu a unidade do que era considerada “a” igreja, era um monge renegado que desejava apenas destruir os fundamentos da vida monástica. Para outros, é um grande herói, que restaurou a pregação do evangelho puro de Jesus e da Bíblia, o reformador de uma igreja corrupta.

O fato é que ele mudou o curso da história ao desafiar o poder do papado e do império, e possibilitou que o povo tivesse acesso à Bíblia em sua própria língua. A principal doutrina de Lutero era contra o pagamento de penitências e indulgências aos lideres religiosos. Ele enfatizava que a salvação é pela graça, não por obras.

Conta-se que muita coisa mudou dentro daquele monge até então submisso ao papa quando, em 1515, Lutero começou a dar palestras sobre a Epístola aos Romanos. Ao estudar as Escrituras se deparou com o primeiro capítulo de Romanos, que decretava “o justo viverá pela fé”. Desvendava-se diante dele o que é conhecida como “justificação pela fé”, ou seja, a justificação do pecador diante de Deus não é por um esforço pessoal, mas sim um presente dado àqueles que acreditam na obra de Cristo na cruz.

O movimento encabeçado por Lutero ocorreu durante um dos períodos mais revolucionários da história (passagem da Idade Média para o Renascimento) e mostra como as crenças de um homem pode mudar o mundo.

A controvérsia acabou sendo, segundo historiadores, maior do que Lutero pretendia ou imaginara. Porém, ao atacar a venda de indulgências por parte da igreja, acabou opondo-se ao lucro obtido por pessoas muito mais poderosas do que ele. Segundo Lutero, se era verdade que o Papa tinha poder de tirar as almas do purgatório, devia usar esse poder, não por razões egoístas, como a necessidade arrecadar fundos para construir uma igreja, mas simplesmente por amor, e devia fazê-lo gratuitamente. A idolatria aos santos também foi um dos grandes pontos de discórdia com os lideres católicos.

A maioria dos historiadores concorda que Lutero teria tentado apresentar seus argumentos ao Papa e alguns amigos de outras universidades. No entanto, as teses colocadas na porta da Catedral de Wittemberg e os muitos argumentos teológicos impressos e distribuídos por ele nos meses seguintes, acabaram se espalhando por toda a Europa, fazendo com que ele fosse chamado ao Vaticano para se retratar perante o Papa. A partir de então, entrou abertamente em conflito com a Igreja Católica.

Acabou excomungado em 1520, pelo papa Leão X. Alegava-se que ele incorria em “heresia notória”. Devido a esses acontecimentos, Lutero temendo a morte, ficou exilado no Castelo de Wartburg, por cerca de um ano. Durante esse período trabalhou na sua tradução da Bíblia para o alemão, resultando na impressão do Novo Testamento em setembro de 1522.

Sobre o legado de Lutero, o famoso pastor Charles Spurgeon escreveu:

“Lutero aprendeu a ser independente de todos os homens, pois ele lançou-se sobre o seu Deus! Ele tinha todo o mundo contra ele e ainda viveu alegremente.

Se o Papa excomungou, ele queimou a bula de excomunhão! Se o Imperador o ameaçou, ele alegrou-se porque se lembrou das palavras do Senhor: “Os reis da terra se levantam, e os príncipes dos países juntos. Aquele que está sentado nos céus se rirá” (Salmo 2).

Quando disseram-lhe: “Onde você vai encontrar abrigo se o Príncipe Eleitor não protegê-lo?”. Ele respondeu: “Sob o escudo amplo de Deus”. Lutero não podia ficar parado. Ele tinha que escrever e falar! E oh, com que confiança ele falou! Abominava as dúvidas sobre Deus e as Escrituras!”

Para algumas vertentes do catolicismo, os protestantes são hereges. Para outras, “irmãos separados”. O movimento originado por Lutero ficou conhecido como Protestantismo e seus seguidores como “protestantes”. O termo é pouco comum no Brasil, onde se prefere usar “evangélicos”. As informações são do Protestante Digital.

Conheça as 95 teses aqui.

Os desejos da mocidade




  • Os desejos da mocidade

    “Foge também das paixões da mocidade, e segue a justiça, a fé, o amor, a paz com os que, de coração puro, invocamo Senhor.” Texto Bíblico: II Tm 2.22

    Introdução: – O presente estudo tem por objetivo trazer à consideração alguns pensamentos que envolvem uma atitude de autodisciplina cristã e tem como ponto de partida o conselho do apóstolo Paulo, já mencionado no nosso texto.

    Nosso estudo então está resumido em duas palavras: FOGE e SEGUE

    A Bíblia traz a resposta aos nossos problemas. Devemos ensinar a Palavra de Deus aos nossos jovens levando-os a amar as sagradas letras, e guardá-las no coração. Quais são então os desejos da mocidade? Vamos, pois penetrar neste assunto, e, deixemos que o Santo Espírito de Deus venha falar aos nossos queridos jovens. Inicialmente vamos conhecer:

    I. OS QUATRO PROBLEMAS BÁSICOS DO JOVEM.

    Os problemas que vamos apresentar são comuns a todos os jovens, seja qual for a sua origem, seja ela humilde ou privilegiada.

    1. O Problema Gregário. – É o problema do grupo.

    Jovens detestam o isolamento.

    Se o jovem não ingressa num grupo dentro da igreja, procurará ingressar noutro lá fora, e nisto está o perigo.
    Perigo das más companhias
    Perigo dos maus ambientes.

    2. O Problema da Comunicação. – Como os jovens se conhecerão e discutirão assuntos legítimos e de seu interesse, sem comunicação e camaradagem sadias, e sem assistência nesse sentido?
    At 2.44 . . . . . “E todos os que criam estavam juntos”. Juntos para que?
    Hb 13.16 . . . . . “Não vos esqueçais da comunicação”
    Ec 4.12 . . . . . “O cordão de três dobras não se quebra tão depressa”
    Lc 10.1 . . . . . “E mandou-os de dois em dois”
    Rm 12.13. . . .“Comunicai com os santos nas suas necessidades”. Aqui temos a comunicação cristã no sentido de assistência. Ver também Mt 25.40

    3. O Problema Afetivo-Sexual.

    Os adolescentes e jovens não entendem as profundas mutações que estão passando seus corpos. Essas transformações psicofísicas alteram todo o seu comportamento social e emocional.
    Um consultor ou conselheiro incompetente aumentará mais ainda a confusão.
    Colegas (eles e elas) não têm maturidade para aconselhar nessa área, a não ser superficialmente.

    4. O Problema Vocacional.

    Orientação de base nesse sentido.
    Quanto ao Ministério Evangélico, se for o caso.
    Quanto aos estudos, carreira, profissão – esta é a regra geral, mesmo que o jovem tenha chamada para o Ministério.
    Alguém já disse que “O Diabo tenta a todas as pessoas, mas que o preguiçoso e o desocupado tentam o Diabo”. Imaginem como não tentam as demais pessoas. . .
    Vamos então meditar sobre os desejos da mocidade. . .

    II. DESEJO DE INDEPENDENCIA

    Paira no coração de cada jovem um desejo de ser independente, de ser absoluto, de exercer por si mesmo o comando de sua própria vida. E tal desejo costuma se acentuar em diferentes áreas da vida dos jovens. Desejo de independência? Independência de que?

    1. Do Lar – Pv 1.1; 1Rs 3.3; Pv17.6; 23.2; 15.20; 2Sm 14.28. Estranha-se da maneira como morreu Absalão o filho querido de Davi?

    2. Independência da Comunidade – Lc 15.33. País, Estado, Cidade

    3. Independência da Igreja – Lc 2.42,46; 4.16; 1 Sm 16.11. – Milhares de jovens têm perdido a fé nos dias que findam a adolescência e iniciam a juventude quase sempre motivada por esse desejo de independência da Igreja. Às vezes à Igreja não lhe soa atraente, existe não raro um ambiente de aparente hostilidade, desprezo ou falta de oportunidade para os jovens, os quais procuram ou são atraídos a outros campos e então se transformam em filhos pródigos.

    Cremos que a melhor receita para os nossos jovens se chama – OCUPAÇÃO, na casa de Deus. 

    Outro remédio que sempre funciona é criar um ambiente de amor à igreja dentro do lar. Só isto pode bloquear o espírito de independência da igreja que muitíssimas vezes têm assaltado os jovens.

    4. Independência de Deus – Mt 19.22; Ec 12.1; 1 Sm 1.28; 2.18; 1 Rs 18.12; 2 Cr 34.3.

    Este é o ponto crucial, esta é a mais triste decisão. Pior que se afastar da comunidade, é afastar-se de Deus, principalmente quando esse afastamento é acompanhado de raciocínios camuflados de “lógicas”, de que Deus não existe, a igreja está superada, a Bíblia é um livro obsoleto, etc. Geralmente, àqueles que tomam uma decisão infeliz de tornar-se independente de Deus, acabam ouvindo a seguinte sentença: “Louco esta noite te pedirão a tua alma … ?” Esta pergunta foi feita por Deus a um jovem que havia tornado-se independente de Deus. Ó que tragédia! Que Deus guarde os nossos jovens!

    III. DESEJO DE FORMOSURA – BELEZA.

    Embora não se costume noticiar, existe dentro da maioria dos corações jovens um sutil desejo de se projetar através da beleza física, através do senso estético, dos músculos rijos, da aparência de galã, etc.

    1. Espírito de Vaidade – Pv 6.25; 30.8; 1Pe 3.3,4; 1Rs16.13.

    2. Espírito de Competição – Et 2.3.

    3. Gastos excessivos – Is 55.2

    4. Padrão Bíblico – 2 Co 11.3; Pv 31.30

    IV. DESEJO DE ENRIQUECER.

    1. Os sonhos da adolescência. 

    Todos nós já temos dado conta de que na imensa maioria das mentes juvenis existe um sutil desejo de tornar-se famoso e rico. Naturalmente isto faz parte dos conhecidos e universais sonhos da mocidade.

    O jovem precisa ser bastante vigilante nesta área, por causa das muitas ofertas tentadoras que o mundo atualmente apresenta. Como uma fórmula “mágica” ou “misteriosa” para fazê-lo atingir seus objetivos.

    2. As ofertas tentadoras – Mt 4.8,9; 1Tm 6.9,10.

    As ofertas são inúmeras, mas todas ilusórias. O mundo sugere que os jovens podem ser ricos através das diferentes formas de jogos, que não passam de ofertas perversas e trágicas.

    3. O padrão Bíblico – Gn 3.19; Êx 20.9; 2 Ts 3.10; Pv 24.33,34; 1Tm 6.8; Sl 34.10.

    A única medicina aplicável é a conservação dos padrões bíblicos.

    As verdadeiras riquezas que devem ser almejadas e perseguidas pelos jovens cristãos, são as riquezas da graça (Ef 1.7), e as riquezas da glória (Ef 2.9).

    V. DESEJO DE CONHECIMENTO.

    Ânsia que a mocidade tem de saber tudo.

    1. A sede do Saber – Ec 10.8. 
    A sede do saber pode muitas vezes ser justificada. Fomos criados com uma mente capaz de assimilar uma infinita soma de conhecimentos. Temos sido privilegiados por Deus com a memória capaz de reter uma grande quantidade de conhecimentos.

    Mas nossos jovens devem ser orientados a não permitir que a sede do saber seja poluída pelo conhecimento daquilo que não produz vantagem para a nossa vida como servos de Deus.

    A recomendação do apóstolo Paulo é que cada um de nós saiba apenas aquilo que racionalmente lhe convém saber – Rm 12.3.
    2. Desprezo aos mais Velhos – 1 Rs 12.8.

    Freqüentemente a fome de conhecimento pode induzir a pessoa a certo desprezo pelos mais velhos, principalmente, por aqueles que não foram possibilitados de alcançar maior soma de conhecimento por sua própria vida.

    3. Tentações Satânicas.

    O padrão de conhecimento de um jovem não deve ultrapassar o limite de sua fé, para o seu próprio bem. É claro que não estamos sugerindo um patrulhamento naquilo que ele deve ler ou estudar, ou procurar, mas estamos paternalmente sugerindo que tenham bastante sensibilidade espiritual para não se envolver com venenos que poderão eventualmente destruir todo o fundamento de sua fé, arruinar por completo sua alma e sua salvação pessoal e sua comunhão com Deus, (Gn 3.5; 2 Tm 4.3).

    VI. DESEJO DE SER AMADO.

    Para um jovem, é coisa importante o saber se bem aceito onde se encontra. Se a igreja e o lar não lhe derem satisfação a esta necessidade, ele a procurará noutra parte.

    1. Padrão de amor no lar – Gn 37.3; Pv 29.21; Ef 6.4.

    Todo ser humano tem certas necessidades básicas. Exemplo: de se alimentar, aprovado nos testes que se submete, amado, de segurança de expressão, etc.

    Quando um jovem não encontra a satisfação dessas necessidades dentro do ambiente normal que é o lar, ele é tentado a satisfazê-las em ambiente errado.

    Os jovens costumam ter turbulência em suas vidas, e mais turbulenta se tornam quando não são compreendidos pelos pais (Pv 29.21).
    2. Busca de Amor fora do Lar – Gn 28.6-9.- Eis um grande perigo. Esaú foi à casa de Ismael. Casar-se com alguém da linhagem de Abraão por meio da família de Ismael parece ter sido uma manobra para cair nas graças do pai (Gn 28. 6,8) e demonstrar obediência semelhante à do irmão (Gn 28.7). Mediante esse agrado aos seus pais, Esaú esperava redimir o passado de delinqüência e, talvez, convencer o pai a mudar a sua vontade. Na verdade, ele aumentou a iniqüidade ao acrescentar às suas esposas pagãs (Gn 26.34,35) uma esposa proveniente de uma família rejeitada por Deus.
    3. Falsa educação sobre o Amor – Amor carnal, amor concupiscente, amor livre.

    VII. DESEJO DE TER UM LAR.

    Os jovens procuram amizade com os elementos do sexo oposto e medem às vezes, o próprio sucesso, por este meio. É muito natural que haja esse tipo de relação, pois a mesma contribui para o desenvolvimento social normal.
    1. A escolha do Companheiro – 1 Co 7.2; 2 Co 6.14. – O jovem precisa fazer seleção rigorosa do melhor elemento ao seu redor. Nunca deve enamorar-se de um incrédulo.
    2. A concupiscência da Carne – Ec 10.11; Mt 5.28
    3. As razões do Casamento – Atenção de um mundo em crise, a degeneração ética e moral de uma sociedade secularizada, a influência dos meios de comunicação têm agravado bastante a situação e a estabilidade da família moderna. A constituição da família a partir do casamento civil e religioso passa a ser combatido e vista, por alguns setores da sociedade, como uma instituição falida. Uniões homossexuais, casais que moram em residências separadas, prática da bigamia extra-oficial etc., aparecem como propostas alternativas de “estruturas familiares”.

    Apesar de essas realidades serem evidente aos nossos olhos, grande parcela da população ainda busca no matrimônio a essência da estabilidade para uma vida feliz.

    Por isso, devem os jovens buscar na Palavra de Deus orientações para que o desejo de ter um lar, constituir uma família seja verdadeiramente família constituída como obra das mãos do Senhor, e a razão principal deve ser por amor, pelo amor. Nenhum interesse mais!

    4. A natureza bíblica do Casamento: (1) Sagrado; (2) Indissolúvel e (3) Monogâmico.

    Além disso, é importante atentarmos para o fato de que continuaremos vivendo em um mundo em crise, repleto de injustiças sociais, com um amplo processo de degeneração ética e moral, o que nos leva à certeza de que devemos buscar parâmetros bíblicos que possibilitem nossas famílias serem “obras das mãos do Senhor”, com lares que adorem verdadeiramente Deus e com cristãos que vivam em todas as circunstâncias um verdadeiro amor, pois “se o Senhor não edificar a casa em vão trabalham os que a edificam”. (Sl 127.1a).

    5. A solução divina para os problemas da Mocidade:

    Segue a justiça, segue a fé, segue o amor, segue a paz, segue a piedade, segue a santidade.

    CONCLUSÃO. – Que cada jovem seja ungido pelo Espírito Santo o suficiente para fugir dos desejos da mocidade e manter-se completamente protegido, guardado, nessa linda fase da vida, batalhando pela fé que uma vez foi entregue aos santos, inclusive os jovens (Jd 3).

    Estes são os desejos deste pastor para todos os jovens e que cada um se coloque nas poderosas mãos de Deus para que seja uma bênção, para a Igreja, a nação. Amém.

    autor

    Adilson Faria Soares

    Adilson Faria Soares

    Pastor Presidente da Assembléia de Deus em Mutuá - Rio de Janeiro. Membro do Conselho Sudeste da CGADB.Conferencista Internacional. Comentarista de várias Revistas da EBD - CPAD.

    Ser salvo é ser feliz!

    Texto Bíblico – Fp 4.4.

    Ser salvo é ser feliz
    Introdução: – Pesquisas recentes mostram que as pessoas possuem um ponto de estabilização da felicidade, um nível de alegria do qual se retorna, não importa se o indivíduo tenha ganhado na loteria, ou perdido a capacidade de utilizar seus membros. As experiências que muitos acreditam conduzir à felicidade não passam de picos de prazer que logo se dissipam.
    Parafraseando o ditado, podemos dizer que depois da euforia vem o status padrão de contentamento. A neurociência, isto é, a ciência que estudam o funcionamento do sistema nervoso, especialmente do cérebro, está descobrindo que, quando as pessoas falam de felicidade, na verdade estão descrevendo estado de espírito, estão falando de momentos quando se sentem bem, em comparação a outros quando experimentam algum tipo de desconforto.
    Quando a vida de uma pessoa é cheia de boas notícias, e seu estado de espírito mais comum é satisfatório, ela diz que é feliz. Isso significa que as pessoas confundem alegria com felicidade. O problema é que essa tal alegria depende de boas notícias. E isso é uma péssima notícia para quem vive num mundo onde as notícias ruins podem chegar – e chegam – a qualquer momento.
    Filipenses é uma carta escrita para quem deseja experimentar a alegria apesar das notícias ruins. Poucas coisas mobilizam tanto as pessoas quanto a busca da felicidade que, em termos práticos, se resume à alegria. A relevância da fé cristã no mundo contemporâneo pode ser avaliada pela sua capacidade de possibilitar um estilo de vida que resulte em felicidade e alegria.
    Sendo verdadeiro, e assim creio, que as pessoas estão correndo atrás de alegria e felicidade, é urgente que nós, cristãos, nos levantemos a gritar em alto e bom som: “Temos o caminho da alegria, encontramos a trilha da vida feliz”. Ninguém abordou melhor este tema do que Warren Wiersbe, que lê esta Carta aos Filipenses como um roteiro que nos ensina a vencer quatro ladrões de alegria:
    Capítulos              Ladrões de alegria           Atitudes cristãs      Versículos-chave
    Filipenses  1                   Circunstâncias             Visão                             1. 21
    Filipenses  2                         Pessoas                  Serviço                           2. 3
    Filipenses  3                           Coisas                  Valores                           3. 20
    Filipenses  4                    Preocupações           Confiança                          4. 7
    Esses quatro ladrões da alegria serão conhecidos à medida que desenvolvermos o nosso estudo. Antes, porém, vamos conhecer algumas particularidades desta epístola:
    I.   PARTICULARIDADES DA ESPÍSTOLA AOS FILIPENSES.
    1.      Fundo histórico.
    É fato bem conhecido  que  Paulo  escreveu quatro  de suas  epístolas
    quando estava em Roma, por ocasião de seu primeiro aprisionamento – Filemom, Colossenses, Efésios e Filipenses. As referências cruzadas entre elas, já que fazem menção entre si, indicam que as três primeiras pertencem ao mesmo grupo, escritas na mesma ocasião, bem como enviadas ao mesmo tempo, por Tíquico e Onésimo. Já a Epístola aos Filipenses divide as opiniões dos eruditos, quando se tenta descobrir se foi escrita antes ou depois do grupo das três. O Dr. H. C. Thiessen, no seu livro Introdução ao Novo Testamento, relaciona algumas razões que afirmam o ponto de vista de que ela foi escrita depois das outras.
    2.      A cidade de Filipos.
    A cidade de Filipos, hoje apenas um montão de ruínas, tem lugar de destaque tanto na história sacra quanto na secular. – Filipos estava assentada num ponto estratégico da Via Inácia, justamente onde a cadeia montanhosa dos Balcãs, entre o Oriente e o Ocidente, forma uma garganta, ou seja, uma entrada natural que facilita a comunicação entre os dois continentes.  Gozava duma posição privilegiada, fato reconhecido por Filipe da Macedônia e pelo imperador romano Augusto. Por conseguinte, acreditamos que foi por direção do Espírito de Deus que Paulo chegou ali. Se o evangelho devia atravessar os Balcãs, Filipos se apresentava como o meio de mais fácil acesso.
    A cidade recebeu o nome do seu fundador, Filipe da Macedônia, pai de Alexandre Magno.      Ele a construiu para festejar a anexação duma província a seu império, vindo a servir de posição fortificada na fronteira. O rio Gangite passava a oeste, cerca de um quilômetro e meio da cidade.
    O imperador Augusto (Otaviano) elevou a dignidade de Filipos, transformando-a em colônia romana. Assim ela se tornou uma povoação fronteiriça do Império Romano, fazendo lembrar ligeiramente a Cidade Imperial (Roma). Dentre outras vantagens, Filipos gozava da isenção de impostos sobre a terra, chegando a ser elevada a uma dignidade idêntica à do solo sagrado da própria Itália. Seus habitantes podiam orgulhar-se da plena posse de três grandes privilégios dos cidadãos romanos: isenção de flagelação, isenção de prisão (exceto em certos casos) e o direito de apelar diretamente a César.
    3.  A igreja em Filipos.
    A história da fundação da Igreja em Filipos é bem conhecida por todos nós (At 16). Chegando de navio a Neápolis, Paulo e seus companheiros, Silas, Timóteo e Lucas (At 16.10-12), seguiram pela Via Inácia até Filipos, onde havia provavelmente poucos judeus, devido ao caráter militar e colonial do lugar. Não encontrando nenhuma sinagoga onde pudesse entregar sua mensagem.
    Paulo buscou a companhia dum pequeno grupo que se reunia nas margens do Gangite, fora da cidade. Em Filipos ocorreram três conversões típicas: Lídia, a comerciante; a jovem com espírito de adivinhação, escrava de Satanás; e o carcereiro, um suboficial do exército romano.
    Alguns eventos, principalmente a libertação da jovem adivinha, resultaram em feroz perseguição por parte das autoridades, à qual se seguiu uma libertação miraculosa. A perseguição continuou, mesmo quando Paulo foi para Tessalônica. Os convertidos filipenses foram, então, submetidos a uma parcela de conflito e aflição, conforme Paulo relata em 2Co 8.2 e Fp 1,7,28-30.
    Mais tarde, Timóteo e Erasto foram enviados à Macedônia (At 19.22) e, sem dúvida, os irmãos de Filipos devem ter cooperado com voluntariedade, pois deles Paulo dá testemunho de estarem prontos e bem dispostos a atenderem o apelo de socorro em favor dos crentes pobres e necessitados em Jerusalém (2Co 8.1-5).
    No outono de 56 d.C., provavelmente, após uma ausência de cinco anos, o próprio Paulo partiu de Éfeso para visitar suas igrejas européias (At 20.1; 2Co 7.5,6), passando por Filipos rumo à Grécia. Nesta passagem, sem dúvida, os filipenses devem ter tirado grande proveito de sua presença. Alguns meses depois, ele tornou a visitá-los, quando voltava, via Macedônia, rumo a Trôade (At 20.45,6). Vêmo-los, mais tarde, enviando Epafrodito como portador de ofertas voluntárias para socorrer Paulo, que se encontrava numa prisão em Roma (2.25-30; 4.10-18).  –
    Foi por intermédio de Epafrodito que Paulo enviou sua Epístola aos Filipenses. Seu relacionamento com eles era o mais amoroso possível.
    3.      Data e ocasião da epístola.
    A carta foi com certeza escrita em Roma durante os dois anos em que Paulo esteve preso, como o registra Lucas em At 28.3-30. A data seria por volta do ano 61 d.C. Epafrodito fora o emissário dos filipenses, encarregado de passar suas doações às mãos de Paulo (2.25; 4.18).
    Desconsiderando sua própria saúde, no desejo de servir a Paulo ele ficou gravemente enfermo, mas pôde se recuperar por um milagre de Deus (2.27-30). Epafrodito, quando se apresentou a Paulo, estava extremamente desejoso de retornar a Filipos, pois as notícias de sua enfermidade deixaram os irmãos muito aflitos (2.26).
    Paulo, sem dúvida, guiado pelo Espírito Santo e também influenciado parcialmente por notícias de mal entendimento entre alguns irmãos (1.27; 2.2-4,14; 4.2), resolveu enviar a epístola pelas mãos de Epafrodito. A mesma revela a profunda afeição que, de coração, nutria por eles e seu fervoroso anelo pelo bem-estar espiritual dos filipenses.
    II. ANÁLISE DA EPÍSTOLA.
    Consideremos nesta seção as principais características ou, por assim dizer, o conteúdo exclusivo, capaz não só de definir como dar o tom da epístola.
    1.      Não trata de controvérsias – tem caráter pacífico.
    Não havia necessidade de Paulo, como nas cartas aos Gálatas e aos Coríntios, defender sua autoridade apostólica, pois os filipenses eram leais a ele e também à “fé que uma vez foi dada aos santos”(Jd 3). Também afeição que tinham por ele era extraordinária e mais de uma vez o haviam ajudado em suas necessidades (4.10-18). Note que, ao se dirigir a eles, Paulo dispensa o título de “apóstolo” (Fp 1.1; comp. Rm 1.1; 1Co 1.1; Gl 1.1). – Nenhum erro doutrinário dividia a igreja, e nesse aspecto difere das epístolas aos Gálatas, Coríntios e Colossenses, enviadas da mesma prisão.
    Contudo, no capítulo três, Paulo adverte contra o judaísmo e uma possível forma de antinomianismo (grego: anti – “contra”; nomos – “lei”) seria o extremo oposto do legalismo. Mas não há razão para crer que estes erros estavam realmente presentes na igreja. O desejo de Paulo era prevení-los contra tais ensinos antes que efetivamente surgissem.
    2.      Sobejam notas de afeição pessoal.
    Era com prazer e gratidão que Paulo orava pelos filipenses sempre que se lembrava deles (1.3-5). Ele louva a Deus pela comunhão que mantinham com ele no Evangelho (1.7). Não podia negar que sentia reais saudades (1.8). Embora o seu desejo pessoal fosse partir desta vida para estar com Cristo, ele de bom grado abriria mão disso, se Deus o permitisse, a fim de lhes falar mais sobre as coisas espirituais (1.21-26).
    O profundo amor de Paulo por eles se expressa na forma como se dispôs a permitir o regresso de Epafrodito (2.25-30). Também estava disposto a abrir mão da presença de Timóteo para que fosse cuidar deles (2.19-23). Suas dádivas haviam-lhe trazido gozo e alegria à alma, sabendo que eram expressões sinceras de corações cheios de genuína afeição (4.10-18).
    3.      Constitui uma carta pastoral cujo tema é a união.
    Não obstante o vínculo de afeição que a mantinha unida, parece que uma questiúncula, pequena discussão, ameaçava desfigurar a beleza dessa igreja. Surgira uma “raiz de amargura” (Hb 12.15), que, se crescesse, contaminaria naturalmente a muitos. Embora não houvesse rixas por questões de doutrina, o mesmo não se podia dizer quanto a problemas pessoais de relacionamento – talvez um desgaste em função das diferentes demandas do serviço cristão.
    Duas irmãs, Evódia e Síntique (4.2), pioneiras daquele trabalho, são mencionadas como as protagonistas. O sublime capítulo 2 dessa epístola, que fala sobre o sentimento de humildade que houve em Cristo Jesus e exorta cada um a considerar os outros superiores a si mesmo,  ao que tudo indica visava resolver de uma vez por todas qualquer situação que pudesse dividir a igreja. Não que o mal tivesse alcançado proporções muito grandes, mas Paulo não pretende vê-lo crescer, apressando-se em corrigi-lo.
    Com a maior delicadeza, ele indica o perigo, e com a ternura própria de sua natureza cordial, roga-lhes que evitem dissensões e cultivem a mais estreita união cristã. Quanto a ele, ama-o a todos (1.1,4,7,8). Assim os exorta para que permaneçam firmes “num mesmo espírito, combatendo juntamente com o mesmo ânimo pela fé do evangelho”(1.27b). Se quisessem alegrar-lhe o coração, então, afastassem deles todo partidarismo e vanglória e fossem duma só mente duma só união do Espírito Santo (2.1-4).
    Ele os exorta a mostrar em tudo aquele sentimento que houve também em Cristo Jesus, o sentimento de abnegação e de verdadeira auto-humilhação (2.5-8). Assim, os convoca a pôr de lado as murmurações e contendas, resplandecendo como luminares de  Deus no mundo de trevas (2.14,15). Que as irmãs responsáveis pela suposta contenda se reconciliem (4.2,3). Que o espírito de submissão mútua substitua suas rivalidades (4.5).  Vamos pois conhecer os quatro ladrões da alegria
    II.                QUATRO LADRÕES DA ALEGRIA
    Alegria apesar das Circunstâncias.
    O poeta Byron escreveu que “os homens são o passatempo das circunstâncias”. De fato, as circunstâncias poderiam ter causado grandes males ao apóstolo Paulo e, especialmente, roubado sua alegria e confiança em Deus, e afetado radicalmente seu estado de ânimo no cumprimento de sua vocação. Ao escrever esta carta, o apóstolo Paulo está, provavelmente, em prisão domiciliar, num período que se estende por dois anos (At 28.30,31).
    As expressões “minhas cadeias” (1.13) e “minhas algemas” (1.14) noticiam que ele está algemado dia e noite aos soldados da guarda pretoriana, a guarda de elite de César, que se revezava em turnos de seis horas. O mais interessante: mesmo confinado, o apóstolo ouve a respeito do movimento ministerial. Fica sabendo que alguns irmãos pregam de boa vontade, com mais ousadia e por amor (1.14), mas também ouve a respeito dos que fazem do ministério motivo de disputas e vaidade, o que poderia trazer grande dano emocional ao apóstolo (1.15-17).
    A atitude do apóstolo Paulo explica porque “as coisas – eu acrescentaria, ruins – que aconteceram” (1.12) ao apóstolo Paulo não roubaram sua alegria. As circunstâncias não são o fator determinante da atitude do cristão diante da vida. Nas piores situações, podemos desfrutar a alegria, que é fruto do Espírito, caso cultivemos uma visão correta da realidade; Primeiro, assim como Paulo não confundiu cadeias e algemas com tribulação (1.17), não devemos dar às situações adversas um status maior do que merecem. São apenas circunstâncias, e não necessariamente motivo de sofrimento.
    Em segundo lugar, devemos vincular todas as nossas circunstâncias a Cristo. Paulo diz que suas cadeias são “em Cristo” (1.13), afirma que Cristo será engrandecido em seu corpo (1.20) e encoraja os cristãos de Filipos a se gloriarem em Cristo (1.26). Nada que nos afeta deve ser vivenciado sem a mediação de Cristo, pois ele mesmo se solidarizou com todas as nossas fraquezas (Hb 4.14-16).
    Finalmente, devemos submeter todas as nossas circunstâncias aos interesses de Cristo. Paulo se alegra que as coisas que lhe aconteceram contribuíram para o progresso do evangelho (1.12), pois Cristo está sendo pregado, e isso é não apenas o que mais lhe importa, mas também o que lhe traz alegria apesar das circunstâncias (1.14,15,17,18). Paulo não vê a si mesmo como um prisioneiro romano mas, sim, como um embaixador de Cristo, em defesa do evangelho (1.16).
    Somente aqueles para os quais “o viver é Cristo” podem experimentar alegria apesar das circunstâncias – ainda que esta circunstância seja a morte, pois, para quem vive em Cristo, a morte é lucro (1 21).
    Alegria apesar das Pessoas.
    A igreja de Filipos convivia com duas ameaças: falsos mestres de fora (3.1-7) e desentendimento de dentro (4.1-3). Pessoas podem roubar nossa alegria com suas atitudes, procedimentos, palavras. Pessoas podem nos ferir tanto com suas ações quanto com suas omissões. E quanto mais nos colocamos acima das pessoas, esperando ser bem tratados, servidos e agraciados por elas, mais riscos de frustração corremos. . Quanto mais nos julgamos merecedores de honras e privilégios, mais expectativas cultivamos em nossos relacionamentos.
    E, sabedores de que a tendência natural das pessoas é pensar em si mesmas antes de pensar nos outros (2.4), é de se esperar que elas estarão sempre em nossa lista de devedores. Relacionamentos truncados, frustrados, e conflituosos serão sempre motivo de tristeza. As pessoas podem roubar nossa alegria, a menos que cultivemos a atitude correta.      As recomendações do apóstolo se dividem em duas partes: Primeiro ele apresenta os princípios: não faça nada com motivações egoístas e vaidosas e busque sempre os interesses dos outros antes dos seus interesses (2.3,4). Em seguida, apresenta três exemplos de pessoas que se ocuparam mais em servir do que ser servidas: Cristo, o maior de todos (2.5-11), Timóteo (2.19-24) e Epafrodito (2.25-29).  Quem deseja experimentar alegria, apesar das pessoas, deve aprender com o apóstolo Paulo a atitude correta nos relacionamentos: o serviço.
    A alegria apesar das coisas.
    “As coisas terrenas” (2.19) que ocupam nossas mentes e corações podem nos causar grandes sofrimentos e roubar nossa alegria. A preocupação em preservar e multiplicar as coisas, tanto as tangíveis, materiais, isto é, tocado, apalpado, quanto as intangíveis, como reputação, prestígio e realizações, pode nos trazer danos emocionais. O apego às coisas erradas é uma das maiores causas de sofrimentos. Jesus disse que onde estiver nosso tesouro, aí estará nosso coração (Mt 6.21). Geralmente, pensamos o contrário. Acreditamos que investimos naquilo que acreditamos.
    Mas Jesus inverte a regra. Insiste que acreditamos naquilo que investimos. Por esta razão, devemos zelar por avaliar – considerar (3.8) – corretamente as coisas que ocupam nossos espaços psico-emocionais.
    Alegria apesar de tudo o que aparenta ser bom –
    Paulo, o apóstolo, faz uma avaliação criteriosa de tudo a que poderia se agarrar e decide que todas as coisas, comparadas a Cristo, não passam de esterco (3.7,8). Na verdade, Paulo mostra que o que realmente tem valor na vida pode se resumir em três grandes desejos: conhecer a Cristo, experimentar o poder de sua ressurreição e participar de seus sofrimentos (3.10).
    Somente aqueles que estão conscientes de sua cidadania celestial (3.20) e olham para a terra do ponto de vista do céu, são capazes de valorizar as coisas certas, aprovar as coisas mais excelentes (1.10) e experimentar alegria apesar das coisas, ou perdas.
    Conforme disse Jim Eliot:
    “Não é tolo aquele que dá o que não pode conservar, para ganhar o que não pode perder”.
    Valores corretos, eis mais um segredo para a alegria.

    autor

    Adilson Faria Soares

    Adilson Faria Soares

    Pastor Presidente da Assembléia de Deus em Mutuá - Rio de Janeiro. Membro do Conselho Sudeste da CGADB.Conferencista Internacional. Comentarista de várias Revistas da EBD - CPAD.

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